A Potência BlackRock no Mercado Global
Com impressionantes 10 trilhões de dólares sob gestão, a BlackRock é uma gigante que toca diversos setores — incluindo a participação em ativos estratégicos como o Canal do Panamá. Recentemente, a empresa se tornou uma das principais defensoras dos criptoativos, ao lançar um ETF de Bitcoin de enorme sucesso. Isso gerou muita especulação: será que a BlackRock pode controlar ou manipular o Bitcoin?
Neste artigo, vamos analisar essa questão em profundidade, baseando-se em dados exclusivos e explicações fundamentadas para esclarecer a sua real influência no mundo das criptomoedas.
e o ETF de Bitcoin: Uma Revolução no Mercado
Um ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo negociado em bolsa que reúne o capital de milhares de investidores, podendo replicar a performance de um ativo ou uma cesta de ativos.
Em janeiro de 2024, a BlackRock lançou o ETF chamado IBIT, que investe em Bitcoin. Em menos de um ano, este fundo atingiu US$ 80 bilhões sob gestão — fazendo dele um dos ETFs mais rápidos a alcançar valor expressivo na história da bolsa americana.
Por que isso é importante para o Bitcoin?
O IBIT permite que investidores se exponham ao Bitcoin sem precisar comprar a criptomoeda diretamente, facilitando o acesso e ampliando a participação institucional no mercado.
O Mito da Centralização: BlackRock Compra Bitcoins e Domina o Mercado?
Manipulação do preço por possuir grandes quantidades de Bitcoin?
Apesar de a BlackRock estar acumulando capital relacionado ao Bitcoin via ETF, ela não possui diretamente todos esses bitcoins. A tese de que a empresa pode manipular o preço simplesmente por concentrar a posse da moeda é simplista e equivocada.
- Manipulações acontecem em todo mercado financeiro, inclusive em renda fixa, mas grandes investidores têm interesse natural de valorizar o ativo.
- Além disso, a prática de forçar quedas temporárias no preço para acumular mais bitcoins beneficia quem já entende e acompanha o mercado.
Quanto o volume do ETF representa no preço do Bitcoin?
Os ETFs representam apenas cerca de 17% do volume total que impacta o preço do Bitcoin — outros 83% vêm de fontes diversas. Apesar do sucesso do ETF da BlackRock, o mercado de Bitcoin é muito maior e mais descentralizado do que parece.
A Descentralização da Oferta de Bitcoin Após o ETF da BlackRock
Um indicador proprietário de distribuição de oferta mostra que, desde o lançamento do ETF da BlackRock, houve sim uma leve queda na descentralização — mas, paradoxalmente, o nível atual é maior do que naquele momento inicial.
- Pequenos investidores mantiveram sua participação.
- A concentração entre os maiores detentores diminuiu.
- A participação dos médios investidores cresceu.
Conclusão: o ETF da BlackRock não está centralizando o controle do Bitcoin.
Mineração e Poder Computacional: Pode a BlackRock Dominar a Rede?
Outro receio comum é que, com poder suficiente na mineração do Bitcoin (controle do hash rate), a BlackRock poderia dominar a rede, provocando danos ao sistema.
- Para controlar mais da metade da rede, a BlackRock precisaria de cerca de 452 exa-hash/s.
- Em comparação, os 500 supercomputadores mais potentes do mundo juntos possuem uma força computacional muito abaixo do necessário para superar o Bitcoin.
- Nem mesmo governos ou grandes conglomerados têm esse nível de poder computacional.
Portanto, é praticamente impossível que a BlackRock ou qualquer outra entidade tome conta da mineração.
Conclusão: A Real Influência da BlackRock no Bitcoin e no Mercado Cripto
- A BlackRock é uma peça importante no mercado financeiro global e vem facilitando o acesso institucional ao Bitcoin por meio de ETFs.
- Não há evidências reais de que a empresa possa manipular o preço da moeda ou concentrar o controle da rede.
- Narrativas alarmistas ignoram dados concretos e podem afastar investidores das oportunidades reais no mercado de criptoativos.
- Para investir de forma inteligente, é essencial valorizar análises baseadas em dados e racionalidade.